No Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca alterar a atual jornada de trabalho 6×1 para garantir aos trabalhadores dois dias consecutivos de descanso semanal tem ganhado força e conquistado o apoio de diversos parlamentares. A medida é vista como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e proporcionar mais tempo para o convívio familiar. Contudo, um grupo de deputados federais, conhecido por sua atuação em pautas conservadoras e de defesa de valores familiares, optou por não assinar a proposta, surpreendendo parte de seu eleitorado.
Entre os parlamentares que ficaram de fora da lista de apoiadores, destacam-se nomes expressivos do meio evangélico e conservador:
Marco Feliciano (PL-SP): Pastor e deputado federal por São Paulo, alinhado ao Partido Liberal (PL) e notório defensor de pautas religiosas e familiares.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): Pastor e deputado pelo Rio de Janeiro, com uma forte base de apoio entre eleitores evangélicos, também pelo PL.
Pastor Eurico (PL-PE): Deputado federal por Pernambuco, conhecido por sua representatividade entre o público evangélico e suas pautas conservadoras.
Cezinha de Madureira (PSD-SP): Pastor e deputado por São Paulo, vinculado ao Partido Social Democrático (PSD).
Nikolas Ferreira (PL-MG): Deputado federal por Minas Gerais, popular entre jovens conservadores e evangélicos, com forte presença nas redes sociais.
Esses parlamentares, com histórico de defesa dos chamados “valores familiares”, têm trajetórias políticas fortemente associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Para muitos eleitores, especialmente os trabalhadores que anseiam por uma carga horária mais flexível, a decisão desses representantes de não apoiar a PEC soou contraditória.
A medida proposta pela PEC busca beneficiar o trabalhador e aumentar o tempo de descanso e de convivência com a família. Esse objetivo está diretamente ligado aos princípios que esses deputados costumam defender em suas campanhas. Assim, a decisão de não apoiar a mudança na jornada de trabalho causa certo desconforto e gera questionamentos entre os eleitores que acreditavam contar com o apoio desses representantes em pautas de valorização da família.
A continuidade das discussões sobre essa PEC deve seguir no Congresso, e a expectativa de muitos trabalhadores é de que mais parlamentares reflitam sobre o impacto dessa proposta na vida dos brasileiros. Afinal, o descanso semanal ampliado é uma pauta que afeta diretamente o bem-estar de milhões de famílias.