Promovido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE e Fundarpe, a primeira noite do festival em Serra Negra contou com a presença da governadora Raquel Lyra
O primeiro dia do Festival Pernambuco Meu País em Bezerros/Serra Negra, no Agreste Central, começou com um friozinho acolhido pelo calor humano de um público encantado com a temperatura aconchegante. As atrações dos polos País das Culturas Populares, País da Literatura, País das Artes Cênicas, Cortejo Brincantes, País do Circo, País da Música e Pernambuco Meu País receberam grandes nomes da cultura pernambucana, como Duda Beat, Joyce Alane e Almério, além de ações voltadas para várias linguagens artísticas e da cultura popular da nação pernambucana. A governadora Raquel Lyra comandou a abertura da segunda etapa da festividade, que segue até este domingo (21), com atividades culturais e apresentações musicais.
“É uma alegria poder estar aqui, na segunda etapa do Festival Pernambuco Meu País. É um festival que foi desenhado a muitas mãos, com muito carinho, buscando enxergar aquilo que é mais forte na nossa identidade. Taquaritinga foi lindo, a gente viu a praça cheia de manhã, de tarde e de noite. Aqui em Bezerros, o sucesso já está no rosto de todos. Serra Negra é um lugar muito especial para o turismo de Pernambuco. O festival já nasce muito grande. Isso é valorização da nossa cultura, respeito ao nosso artista. Pernambuco é um país e a gente tem muito orgulho de viver nele”, destacou a governadora Raquel Lyra.
“A programação já começou focada na nossa cultura popular com atividades circenses, dando destaque para o show em homenagem a Abelardo da Hora e Naná Vasconcelos. Esta é a primeira vez que a apresentação está acontecendo em nosso festival”, ressaltou a secretária de Cultura do Estado, Cacau de Paula.
Para a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba, a essência itinerante do festival permite que os fazedores de cultura levem a sua arte para várias cidades. “Trazemos também grandes artistas nacionais e pernambucanos, pessoal da nova cena e artistas já consagrados, dividindo o mesmo palco. Por isso que a gente fala em Pernambuco Meu País”, enfatizou.
NAÇÃO DA CULTURA – No primeiro dia da programação, à tarde, o palco País das Culturas Populares cativou o público com atrações que exaltaram a diversidade da cultura popular pernambucana, com performances do Maracatu Várzea do Capibaribe, Afoxé Babá Orixalá Funfun, Mestre Mestre Ciriaco do Coco e Perigosas Pastoras.
As pernambucanas Riah e Dani Carmesin levaram ao palco País da Música o talento e a expertise dessas vozes experientes de nosso Estado. Duas mulheres músicas, talentosas e experientes, que mostram no palco, como há muitos anos, que nada falta, da parte delas, para que recebam o merecido reconhecimento de suas carreiras.
A arte do teatro entrou em cena duas vezes na tarde desta sexta-feira (19), durante o primeiro dia do Festival Pernambuco Meu País em Bezerros. As apresentações foram no País do Circo, montado em Serra Negra. O primeiro espetáculo foi “No Rastro do Encantado”, do Coletivo Poeira; o segundo, “São João Encantado”, da Cia de Dança Waldeck Farias.
Da união entre as linguagens de fotografia e artes visuais nasceu o País das Conexões Visuais no festival. Segundo Mekson Dias, assistente administrativo de Artes Visuais, o espaço ofereceu ao público um contato com diferentes linguagens artísticas. “Vão haver duas exposições de artes visuais e uma de fotografia nesses três dias em Bezerros, uma se chama leitura sensorial da artista Mozileide Neri, que é uma interação com o público”, explicou. O polo segue aberto para visitação até domingo (21).
Contação de histórias, escambo de livros e apresentações especiais sobre o universo mágico da leitura, tudo isso e muito mais habitaram o País da Literatura do Festival Pernambuco Meu País neste primeiro dia de festa em Bezerros. A primeira atração do espaço foi Encantando Histórias, da Cia Fisa D’Art de Garanhuns, formada pelo casal Isabel e Filipe Bortnik. Há dez anos, trabalhos artísticos que envolvem teatro, dança, música e contação de histórias.
O Cortejo Brincantes levou para as ruas de Serra Negra os grupos Afoxé Filhos de Dandalunda, Maracatu Rural Leão Vencedor de Chã de Alegria, Boi Cara Branca de Limoeiro, Maracatu de Baque Solto Leão Formoso de Tracunhaém, Clube de Boneco Seu Malaquias, Escola de Samba Pérola do Samba, Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, Nação do Maracatu Leão de Campina, Grupo de Dança Folcpopular e Urso Cangaçá de Água Fria.
O palco Pernambuco Meu País mexeu com a emoção do público presente com o espetáculo que abriu a programação do polo e fez reverência às obras de Naná Vasconcelos e Abelardo da Hora, homenageados do evento. A primeira apresentação da peça, que une música e dança inspirada nas trajetórias artísticas construídas pelos dois artistas, encantou a plateia e revelou a poética narrativa criada pelo músico Jam da Silva e pela coreógrafa Maria Paula Costa Rêgo, diretores artísticos da montagem.
“Buscamos mostrar a potência desses nossos dois grandes artistas, e foi um encontro do público com dois grandes artistas pernambucanos que se foram, mas que deixaram um grande legado para todos nós. A obra musical de Naná Vasconcelos move e embala bailarinos e músicos, entrelaçados pelas pinturas e esculturas de Abelardo da Hora”, explicou Maria Paula Costa Rêgo.
Também se apresentaram artistas como Joyce Alane, Almério e Duda Beat. “Esse é o primeiro ano do festival e estou muito feliz de poder participar dele. Muito feliz de estar acontecendo aqui em Serra Negra, onde tenho uma relação afetuosa. As fotos do meu primeiro disco foram feitas aqui. Já fiz shows aqui, e sinto muita saudade quando volto para casa. Imagina vir para um evento como esse que tem esse nome belo, Pernambuco Meu País, e pernambucano é assim bairrista, com um grande amor por nosso estado”, celebrou o cantor pernambucano.
PERNAMBUCO MEU PAÍS – O festival tem o objetivo de promover a conexão de linguagens artísticas pernambucanas e nacionais e apresentar à população do estado e turistas, de forma lúdica e comunicativa, uma conexão entre as regiões, cidades, identidades, gêneros, conceitos artísticos e dinâmicas do fazer de um povo que, historicamente, tem sua cultura como parte da identidade de estado-país. Ao todo, o Festival Pernambuco Meu País apresenta uma grade montada com 80% de artistas locais.
O Festival Pernambuco Meu País é realizado pela Secult-PE e Fundarpe, e conta com apoios das prefeituras das oito cidades que receberão o evento, assim como das Secretarias de Meio Ambiente (Sema-PE), de Saúde (SES-PE), da Mulher (SecMulher-PE), de Defesa Social (SDS) e de Turismo (Setur-PE), além da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), do Conservatório Pernambucano de Música (CPM) e também da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).
Para mais informações, acesse www.cultura.pe.gov.br/festivalpernambucomeupais ou a conta no Instagram @festivalpernambucomeupais.
