No dia 29 de março de 2024, um lamentável episódio de discriminação ocorreu em um supermercado de Caruaru, envolvendo um empresário local e um jovem que o acompanhava. Ambos agiram de forma capacitista ao se beneficiarem do caixa preferencial, destinado a pessoas com deficiência, enquanto zombavam da condição dessas pessoas. A situação piorou quando decidiram filmar a ação e postar nas redes sociais, onde o jovem “imitava” uma pessoa com deficiência, alegando imitar um autista, fazendo chacota da situação.
O vídeo, que foi compartilhado para mais de 10 mil seguidores, gerou uma onda de indignação na comunidade, especialmente entre mães de crianças com deficiência, que se sentiram profundamente ofendidas. Elas consideraram a atitude como um ataque direto a seus filhos e à luta diária por respeito e inclusão.
Em resposta ao ocorrido, no dia 1º de abril de 2024, a advogada Any Fernandes, atuando em nome de um grupo de mães atípicas, registrou um Boletim de Ocorrência e formalizou uma denúncia junto ao Ministério Público. Em uma entrevista por telefone, a advogada foi enfática ao afirmar: “Capacitismo é crime, não podemos normalizar atos discriminatórios que ridicularizam pessoas com deficiência. A inclusão tem que virar rotina, respeito cabe em todos os lugares! Esse rapaz, chegou a fazer um vídeo se desculpando, era o mínimo que podia ter feito. Mas, isso não o exime das penalidades da lei e seguiremos firmes acompanhando todos os procedimentos a fim de garantir justiça. Devemos ser vigilantes, denunciar e lutar por inclusão todos os dias.”
