Um vídeo divulgado nas redes sociais em Caruaru (PE) viralizou, nesta última quinta-feira (23), após uma mulher aparecer avaliando um suposto serviço de delivery de maconha na cidade. Nas imagens, ela exibe o pacote do produto, embalado como lanche e com suposta “nota fiscal”, afirmando que a droga seria entregue “na porta de casa”.
O vídeo refere‐se a “serviço de entrega de maconha” mas não especifica qual sistema é usado para os pedidos, nem iFood ou outro app formal de delivery.
Em tom de deboche, a mulher compara Caruaru ao município vizinho de São Caetano, dizendo que a diferença é “gritante, principalmente no corre”, e alegando que, enquanto lá seria preciso buscar a droga em “quebradas”, em Caruaru bastaria pedir como fast-food.
Vídeo:
A Polícia Civil ainda não confirmou se abriu inquérito para apurar o caso. Especialistas apontam que a gravação pode caracterizar apologia ao crime e incentivo ao tráfico, condutas previstas no artigo 287 do Código Penal e na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).
No final de agosto, um caso ganhou repercussão após a Polícia Militar flagrar um homem, que se passava por entregador do iFood para transportar entorpecentes. Com ele, a PM descobriu o endereço onde funcionava um ponto de armazenamento e preparo da droga, resultando na apreensão de 2,5 kg de maconha e na prisão de outros três envolvidos em Santa Cruz do Capibaribe.
Outro episódio, dessa vez em João Pessoa, um jovem de 27 anos foi preso realizando “delivery” de maconha com mochila de aplicativo e embalagens identificadas para cada comprador, evidenciando a crescente profissionalização desse tipo de crime.
