A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, na manhã da última quarta-feira (19) a “Operação Desenrolado”, que mira possíveis crimes de armazenamento, divulgação e produção de imagens e vídeos de abuso sexual infantil.
As investigações se referem a dois inquéritos policiais diferentes, ambos com início no ano de 2024. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DELECIBER/PE).

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Recife, nos bairros de Campo Grande e Ilha Joana Bezerra. Computadores, celulares, notebooks e mídias digitais foram recolhidos para perícia.
Durante o cumprimento de um dos mandados, um homem de 46 anos, ator e produtor de eventos, que não teve nome divulgado pela PF, foi preso em flagrante em Campo Grande pelo crime de armazenamento de material envolvendo abuso sexual infantil.
A depender das análises periciais, os investigados podem responder por armazenamento, divulgação e produção de material de abuso sexual infantil — crimes que somados podem chegar a 18 anos de prisão.

Em um dos inquéritos, há indícios de extorsão: o suspeito teria convencido um adolescente estrangeiro a exibir genitália e rosto em uma mesma imagem e, depois, passou a ameaçá-lo, exigindo pagamento para não divulgar o conteúdo.
A PF reforça que, embora a lei ainda use o termo “pornografia infantil”, a recomendação internacional é tratar essas práticas como crimes de abuso ou violência sexual contra crianças e adolescentes, para evidenciar a gravidade e a natureza violenta das condutas.
