Soldado do Exército vira palhaço de rua para tratar da esposa com câncer

 rante o dia, ou mesmo pela noite afora. Nos sinais, nas praças, lá estará ele. Muitas vezes ouvindo “que cara bobo. Andando fantasiado pelas ruas. Larga essa vida e vai procurar um emprego”.  Se essas pessoas não pronunciassem essas palavras de longe e, em seguida, acelerassem o carro, talvez tivessem a oportunidade de conhecer os motivos que levaram alguém a essa exposição às intempéries e outros riscos nas ruas da cidade.

O PLOX ultrapassou o sinal, vermelho para muitos, e foi saber um pouco mais. Há cerca de 15 anos, uma missão do Exército brasileiro foi enviada para fazer a manutenção das rodovias federais que passam pela região do Vale do Aço em Minas Gerais. Dentre os soldados, estava o jovem Fernando Moisés de Oliveira, vindo de Uberaba-MG.
 A missão se foi, mas o soldado acabou ficando e encontrou aquela que seria sua mulher. Aos 19 anos, ele se casa com Sonia Maria Silva Oliveira Castro. Ela, que é mais velha que ele, trabalhava até há algum tempo como recepcionista em um hotel de Ipatinga. “Eu sou evangélica. Conversamos e decidimos que queríamos nos unir. Namoramos, noivamos e nos casamos em quatro meses”, disse.
Embora, sendo de uma família de pessoas envolvidas com algumas formas de arte, o soldado da reserva passou a trabalhar em lojas e outros estabelecimentos. Mas ele não sabia que seria “empurrado” para a arte por uma surpresa do destino. A esposa foi diagnosticada com uma doença grave: câncer, em um estágio que requer cuidadosa dedicação. “Não quero me fazer de vítima pois Deus tem me fortalecido. Mas pra que tenha uma ideia, preciso te esclarecer que essa doença é terrível. Muitas foram as vezes que liguei e tirei o Fernando do serviço para que ele me socorresse”, afirmou a esposa.

As reiteradas faltas ao trabalho para acompanhar a mulher impossibilitaram a permanência de Fernando no mercado de trabalho formal. “Às vezes, enquanto me convalesço em casa, ele pega as balinhas e vai vender no sinal. Meu marido é um homem extraordinário. Muitas pessoas nem imaginam que ele está ali fantasiado, trabalhando na rua, para ajudar no meu tratamento. Ajudando a me manter viva”, declarou a esposa.

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Soldado do Exército vira palhaço de rua para tratar da esposa com câncer11/11/2018Ele não sabia que seria “empurrado” para a arte por uma surpresa do destino

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Durante o dia, ou mesmo pela noite afora. Nos sinais, nas praças, lá estará ele. Muitas vezes ouvindo “que cara bobo. Andando fantasiado pelas ruas. Larga essa vida e vai procurar um emprego”.  Se essas pessoas não pronunciassem essas palavras de longe e, em seguida, acelerassem o carro, talvez tivessem a oportunidade de conhecer os motivos que levaram alguém a essa exposição às intempéries e outros riscos nas ruas da cidade.

O PLOX ultrapassou o sinal, vermelho para muitos, e foi saber um pouco mais. Há cerca de 15 anos, uma missão do Exército brasileiro foi enviada para fazer a manutenção das rodovias federais que passam pela região do Vale do Aço em Minas Gerais. Dentre os soldados, estava o jovem Fernando Moisés de Oliveira, vindo de Uberaba-MG.

O artista também participa de eventos (Foto: divulgação)

A missão se foi, mas o soldado acabou ficando e encontrou aquela que seria sua mulher. Aos 19 anos, ele se casa com Sonia Maria Silva Oliveira Castro. Ela, que é mais velha que ele, trabalhava até há algum tempo como recepcionista em um hotel de Ipatinga. “Eu sou evangélica. Conversamos e decidimos que queríamos nos unir. Namoramos, noivamos e nos casamos em quatro meses”, disse.

(Foto: divulgação)

Embora, sendo de uma família de pessoas envolvidas com algumas formas de arte, o soldado da reserva passou a trabalhar em lojas e outros estabelecimentos. Mas ele não sabia que seria “empurrado” para a arte por uma surpresa do destino. A esposa foi diagnosticada com uma doença grave: câncer, em um estágio que requer cuidadosa dedicação. “Não quero me fazer de vítima pois Deus tem me fortalecido. Mas pra que tenha uma ideia, preciso te esclarecer que essa doença é terrível. Muitas foram as vezes que liguei e tirei o Fernando do serviço para que ele me socorresse”, afirmou a esposa.

As reiteradas faltas ao trabalho para acompanhar a mulher impossibilitaram a permanência de Fernando no mercado de trabalho formal. “Às vezes, enquanto me convalesço em casa, ele pega as balinhas e vai vender no sinal. Meu marido é um homem extraordinário. Muitas pessoas nem imaginam que ele está ali fantasiado, trabalhando na rua, para ajudar no meu tratamento. Ajudando a me manter viva”, declarou a esposa.

Fernando Castro sem maquiagem (Foto: divulgação)

Perguntado sobre que mensagem ele gostaria de enviar aos leitores do PLOX, Fernando Castro, que não sabia que a reportagem apuraria que muitas vezes ele é injuriado e humilhado nas ruas, disse que só queria agradecer. “Preciso é agradecer as pessoas de Ipatinga e de outras cidades que, por algumas vezes eu fui trabalhar. Agradecer pela ajuda. Algumas pessoas pagam uns três reais a mais que o preço das balas. Outros pagam e não levam a mercadoria. Eu acabo apurando uns vinte até trinta reais por dia”, disse.

(Foto: Plox)

Fernando e Sonia contaram que estão um pouco ansiosos, mas também esperançosos. Após um período em que os médicos não viam condições para uma intervenção cirúrgica, eles reavaliaram e resolveram que vão submeter a mulher a uma cirurgia. Arriscada, sem certeza do resultado, mas envolta no eco das palavras proferidas pelo casal. “Deus é tudo na minha vida. Tem me amparado e nos dado graça. A presença do Fernando e sua dedicação me dão força”, disse Sonia. 

Já Fernando, em meio ao som das buzinas no farol, sucintamente, com um sorriso leve, apenas disse: “Deus é bom”.

Para entrar em contato com o artista, basta ligar para o número 31 9 8023-3390.

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